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A estratégia para reorganizar o programa desta residência parte da peculiar organização dos seus volumes como potencialidade para criar uma cadência de espaços autônomos que se desenvolvem ao longo de um percurso pouco usual. O projeto se focou na reforma da edícula localizada na frente da casa e cuja fachada cega, voltada para a rua, continha um grafite feito por um artista do bairro e valorizado pelo cliente. Como primeira medida foram retiradas as construções provisórias que existiam na área externa da casa seguida pela reorganização das aberturas, portas e janelas, buscando integrar de forma fluida os espaços internos e externos. Foram readequados os níveis dos pátios e corredores buscando criar espaços abertos mais generosos e, aproveitando o movimento de terra, implantada uma cisterna para captação de águas pluviais, que exigiu uma reconfiguração do sistema de abastecimento de águas da residência. Por último dois movimentos finais fecham o percurso: a multiplicação da área externa através da criação de um terraço em cima da antiga edícula e a abertura direta da cozinha para a área externa por meio da criação de uma nova circulação. O projeto busca contrastar as novas adições revestindo-as em madeira que por sua vez surgem na fachada da rua como mensageiros desta intervenção, respeitando a morfologia do bairro e o muro de grafite. Cria-se um cenário novo na articulação entre pátio, jardim, terraço e programas residenciais resinificando a relação dos volumes da antiga residência na Vila Anglo.